quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Descoberta de bactéria que se alimenta de arsênio pode redefinir a química da vida.


Oi pessoal! Achei essa notícia da Veja do ano passado bem interessante, acho que já comentamos sobre esse assunto na aula resolvi compartilhar. 

Notícia: Descoberta de bactéria que se alimenta de arsênio pode redefinir a química da vida.

A Nasa descobriu uma bactéria que se comporta como um ser extraterrestre – ou como os cientistas imaginam que um organismo assim se comportaria. Mas o achado foi feito em solo terrestre, ou melhor, em um lago da Califórnia onde a concentração de arsênio é altíssima.
O lago Mono é conhecido pela hipersalinidade e pela alta concentração de arsênio. Em grandes quantidades, este elemento químico é tóxico para a maioria dos seres vivos. Mas o microorganismo descoberto pela Nasa conseguiu se adaptar ao ambiente hostil, substituindo o fósforo – um dos seis elementos considerados essenciais à vida – pelo arsênio. O estudo será publicado na revista Science e foi liderado pelo Instituto de Astrobiologia da Nasa.
A bem sucedida substituição do fósforo por arsênio indica haver chances para a vida mesmo sob condições consideradas adversas. Isso aumenta as perspectivas de desenvolvimento da vida e amplia o escopo das buscas por formas extraterrestres.
A base da vida - Cerca de 98% do corpo humano é formado por apenas seis elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo. São os elementos-chave da vida. Combinados, formam os principais grupos de compostos orgânicos: as proteínas, os carboidratos, os lipídios e os ácidos nucleicos. Em tese, é possível que uma combinação diferente de elementos na tabela periódica exerça as mesmas funções vitais. Como o arsênio possui propriedades químicas semelhantes ao fósforo, cientistas já haviam teorizado que seria possível trocar um elemento pelo outro e ainda manter a estrutura física das moléculas. Mas isso não havia sido observado na natureza.
Partindo dessa ideia, a equipe de pesquisadores liderados pela bioquímica Felisa Wolfe-Simon isolou uma cultura de bactérias da família Halomonadaceae do Lago Mono. Esse lago super-salgado é considerado inóspito para a maioria dos seres vivos. Os cientistas cultivaram as bactérias em uma solução salina de fósforo e foram alterando a concentração gradativamente, substituindo o elemento por arsênio. As bactérias conseguiram se adaptar à solução e passaram a integrar o arsênio na sua estrutura celular. Em vez de fósforo, os pesquisadores passaram a encontrar arsênio nas moléculas.
Por causa dessa descoberta a ciência terá que fazer uma “busca mais profunda do conceito da arquitetura da vida”, diz Vera Solferini, bióloga do Departamento de microbiologia do Instituto de Biologia da Unicamp. Felisa acredita que a maior descoberta não está no Lago Mono. “Se um organismo pode realizar algo tão inesperado na Terra, o que mais a vida pode fazer que não vimos ainda?”, pergunta. “É hora de descobrirmos”.

Gostaram? Então comentem para discutirmos! Aqui está o link da notícia: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nasa-descobre-bacteria-que-se-alimenta-de-arsenio


Enviado por: Mariana Leivas Schneider - 49052

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