sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cientistas identificam proteína que faz ricina ser letal para humanos

Compreensão do mecanismo pode levar a antídoto contra o veneno.
Toxina pode ser usada como arma biológica.

Um grupo de pesquisadores austríacos conseguiu identificar a proteína que torna letal a ricina, uma toxina utilizada como arma biológica, informou o Instituto de Biotecnologia Molecular da Áustria.
Até agora, não existe antídoto contra esta toxina, mas a identificação da proteína Gpr107 nas células das vítimas, imprescindível para que esta toxina tenha efeito mortal, é um grande passo para desenvolvê-lo, explicou o instituto em comunicado.
Ulrich Elling, pesquisador cujos experimentos descobriram essa proteína, considera que não levará muito tempo para criar um antídoto.
O cientista utilizou uma nova tecnologia que permite manter em um curto espaço de tempo mutações no genoma de mamíferos e acredita que será revolucionária no mundo da biotecnologia. Dessa maneira, Elling pôde reproduzir milhões de mutações genéticas em células-tronco de roedores e descobrir a proteína.
Além disso, os pesquisadores lembram que, a partir desta toxina que pode ser obtida das sementes da mamona, alguns grupos terroristas, como a Al Qaeda, tinham mostrado interesse em utilizá-la como arma para atacar shoppings e transportes públicos.
Segundo os especialistas, um grama de ricina pode matar 36 mil pessoas, e é considerada 500 vezes mais potente que o veneno da cobra e 1,5 mil vezes mais letal que o cianureto.
Um dos casos mais conhecidos de envenenamento com ricina foi o assassinato, em 1978, do dissidente búlgaro Georgi Markov, de 49 anos, na ponte de Waterloo de Londres. Markov morreu três dias depois de ter sido atingindo pela ponta envenenada do guarda-chuva de um desconhecido em um ponto de ônibus
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Enviado por: Gizielen R. Gonçalves - 49048

Notícias


Enviado por: Ruth Anastasia Regnet- 52076

Atualização em reumatologia: artrite reumatóide inicial

Nos últimos anos, a generalização do conceito de artrite reumatóide (AR) inicial ou precoce e da existência de janela de oportunidade terapêutica - período no qual a instituição de terapia adequada para a doença acarretaria marcada melhora clínica - firmaram a noção de que diagnóstico e tratamento precoces poderiam modificar o curso da doença.
Concomitantemente, foram desenvolvidos ou aprimorados métodos laboratoriais e de imagem que contribuíram para diagnóstico mais precoce e determinação de prognóstico da AR inicial, bem como foram instituídas mudanças na forma de abordagem terapêutica da doença, com a utilização de novas classes de drogas.
Não obstante esses avanços, vale ressaltar que o fator limitante à boa resposta terapêutica na AR inicial continua sendo o retardo no diagnóstico e na instituição do tratamento adequado, bem como a dificuldade no manejo da medicação durante o acompanhamento do paciente.
Essa seção traz uma série de artigos recentes que discutem aspectos diagnósticos e terapêuticos da AR inicial.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042008000600008&script=sci_arttext

Enviado por: Lucas Ott Tavares

Nova vacina mostra que é possível erradicar a meningite

Notícias - Nacionais
Qui, 03 de Novembro de 2011 00:00
Surtos de meningite têm atingido rapidamente proporções epidêmicas em vários países africanos, afetando dezenas de milhares de pessoas.
Agora, uma nova vacina parece finalmente capaz de erradicar completamente a doença.
"Os resultados da vacina são superiores a todas as nossas expectativas," diz Dominique Caugant, cientista-chefe do Instituto Norueguês de Saúde Pública.
Sorogrupo-A
O objetivo do projeto é eliminar a epidemia de meningite causada pela bactéria meningococo sorogrupo-A no chamado cinturão de alto risco da meningite: os países africanos ao sul do deserto do Saara, do Senegal, no oeste até a Etiópia, no leste.
O resultado é uma vacina nova e melhorada, batizada de MenAfriVac, que custa cerca de US$ 0,50 por dose.
"As vacinas existentes não têm sido boas o suficiente para prevenir a ocorrência de grandes epidemias na África," explica a professora Caugant. "Há vacinas melhoradas disponíveis, mas elas são muito caras para os países africanos."
Praticamente sem incidentes
Burkina Faso foi o primeiro país a receber a nova vacina. No curso de algumas semanas, toda a população com idade de um a 29 anos foi vacinada - quase 12 milhões de pessoas.
O número de pessoas que contraíram o sorogrupo-A da doença meningocócica varia de ano para ano, mas, segundo a professora Caugant, 1.000 casos no curso de uma semana não é incomum para Burkina Faso, e até 8.000 casos foram relatados em uma única semana.
"Seis meses após a introdução da vacina," diz ela, "apenas quatro casos do sorogrupo-A da doença meningocócica foram notificados - todos em indivíduos não vacinados."
A vacina também está sendo utilizada em vacinações em massa no Mali e no Níger.
Imunidade de grupo
"Os resultados preliminares sugerem que houve substancialmente menos portadores do sorogrupo-A após a campanha de vacinação, o que significa que a vacina fornece o que é chamado de imunidade de rebanho," diz a pesquisadora, referindo-se a um fenômeno também conhecido como imunidade de grupo.
O conceito de imunidade de grupo é que as partes não-vacinadas de uma população são protegidas indiretamente, uma vez que menos portadores significa uma pressão reduzida de infecção.
"Esta é uma informação extremamente importante para outros países, considerando a introdução da vacina," acrescenta Caugant.
Ela é uma das defensoras da criação de um programa de vacinação das crianças para garantir que a as futuras crianças da região também tenham imunidade.


Enviado por: Fabiane Lopes Alonso- 45802

Número de novos casos de AIDS permanece estável

Com 2,7 milhões de contaminações tendo ocorrido a cada ano durante os últimos cinco anos, a epidemia mundial de AIDS permanece estável, segundo o relatório anual divulgado na última segunda-feira pela UNAIDS, órgão das Nações Unidas para o combate à doença. Quase 7 milhões de pessoas estão recebendo tratamento  e este número tem aumentado de maneira constante. Mas ainda não está perto de dar conta do índice de novas contaminações: no ano passado, 1,35 milhão de portadores do vírus começaram a se tratar, ou seja, para cada 200 pessoas que foram contaminadas, 100 iniciaram tratamento. Isso representa uma melhoria em relação a dois anos atrás, quando havia 250 novos contaminados para cada 100 tratados.
Por outro lado, uma notícia que traz um mau presságio: a de que os investimentos de fundos de doadores em ajuda no combate a AIDS caíram cerca de 10 por cento no ano passado. A redução está relacionada à crise econômica mundial, que levou ao corte de doações em alguns países. Saber se a generosidade do mundo constitui uma conquista ou um fracasso depende do critério utilizado. Os 7 milhões de soropositivos que estão recebendo tratamento representam cerca de metade das pessoas doentes o bastante para necessitar de tratamento imediato, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde. Mas os dados ficam aquém da nova e ambiciosa estratégia de "testar-e-tratar", meta aprovada no ano passado pela UNAIDS e neste mês pela secretária de Estado Hillary Rodham Clinton, que falou acerca do assunto em um discurso no qual fez um apelo por uma "geração sem AIDS". Para alcançar esse objetivo, todas as 34 milhões de pessoas contaminadas no mundo teriam de ser encontradas _ uma verdadeira tarefa de Sísifo _ e, em seguida, receber medicamentos antirretrovirais imediatamente, para evitar que passem o vírus adiante. Além disso, elas precisariam tomar os remédios mais recentes, como o tenofovir, enquanto, atualmente, muitas ainda estão recebendo os antigos, mais baratos, que desencadeiam efeitos colaterais severos.
Funcionários da UNAIDS tentaram enxergar o relatório de modo otimista. O Dr. Bernhard Schwartlaender, diretor do departamento de estratégias da agência, afirmou foi "ano de virada na ciência" no que diz respeito à AIDS, chamando a atenção, em especial, para um estudo que mostra que as pessoas que estão em tratamento diminuem em 96 por cento suas chances de transmitir o vírus. Além disso, ele destacou as áreas em que houve um progresso notável. Quase metade das mulheres soropositivas grávidas tomam pelo menos um medicamento para ajudar a prevenir a transmissão do vírus a seus filhos.
Onze países pobres ou de renda média tratam agora mais de 80 por cento de seus cidadãos contaminados. Essa é uma porcentagem quase tão boa quanto a encontrada nos Estados Unidos, uma vez que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças presumem que 20 por cento dos soropositivos norte-americanos não sabem que têm o vírus. Os onze países são Botswana, Camboja, Chile, Comores, Croácia, Cuba, Guiana, Namíbia, Nicarágua, Ruanda e Eslováquia.
Além disso, o número de novas contaminações diminuiu em 22 países. Epidemiologistas atribuem esse declínio a diversos fatores: o medo da morte, que inibe comportamentos imprudentes; a educação sobre o sexo seguro, que, ainda que lentamente, está crescendo; e o aumento no número de soropositivos que estão sendo tratados com medicamentos, especialmente no sul da África, o que significa que pessoas com cargas virais mais baixas estão menos propensas a contaminar as outras.
Apesar da melhoria na África, os novos casos de contaminação permanecem em 2,7 milhões por ano em todo o mundo, porque a Ásia e a Europa Oriental estão indo muito mal. As epidemias são alimentadas por viciados em drogas _ com os quais é bastante difícil lidar _ e também por grupo como os homossexuais masculinos e as prostitutas. Estas, que em sociedades conservadoras carecem da força política que lhes permitiria ter acesso a medicamentos e que, por medo da repressão policial, acabam por ter relações sexuais rápidas e furtivas, incorrem em comportamentos de alto risco.
Estudos realizados na Europa Oriental e na Ásia Central mostram que muitos usuários de drogas evitam as clínicas, mesmo quando precisam de cuidados médicos, por medo de ser entregues à polícia. O relatório traçou um contraste entre Dhaka, onde o governo bengalês introduziu medidas como a limpeza de agulha compartilhadas, e São Petersburgo, onde o governo russo não implementou políticas para os usuários de drogas. A contaminação entre pessoas desse grupo caiu 25 por cento em Dhaka e dobrou em São Petersburgo. Apesar de seu governo conservador islâmico, o Irã tem ido muito bem na contenção da contaminação entre dependentes químicos, graças à criação de uma rede de 600 clínicas que oferecem agulhas limpas e tratamento à base de metadona. O relatório soa bastante direto _ algo incomum para uma agência da ONU _, na medida em que compara diretamente um país ao outro. O Camboja, por exemplo, reduziu as contaminações mais rápido do que o seu vizinho mais abastado, o Vietnã, porque mirou na indústria do turismo sexual, enquanto o Vietnã tem se esquivado de ajudar os usuários de drogas e gays que encabeçam a epidemia.
Brasil e Rússia têm economias de porte semelhante e ambos gastam cerca de 700 milhões de dólares por ano no combate à AIDS, mas o Brasil está indo bem melhor, porque se concentra em grupos de alto risco, como prostitutas e gays. A Rússia tomou a "decisão prioritariamente política" de não ajudar seus usuários de drogas injetáveis, disse Schwartlaender. "O custo-benefício não compensa". Segundo ele, países onde a homossexualidade é punida com prisão ou pena de morte jamais vão enfrentar as suas epidemias, porque os homens gays se escondem.
Muitos países que estão indo mal têm grandes populações. Por isso, mesmo que as suas taxas de contaminação sejam menores do que as da África, eles têm grandes epidemias. No Egito, Irã, Paquistão e Ucrânia, por exemplo, menos de 20 por cento das pessoas que necessitam de tratamento estão sob cuidados. Em Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Nigéria e Rússia, menos de 40 por cento são tratadas.
Até metade das crianças contaminadas ao nascer, segundo o relatório, são contaminadas porque suas mães, por temer a zombaria de enfermeiras ou vizinhos, evitam ser submetidas a testes de HIV. O relatório endossou os kits caseiros de teste de HIV, que empregam um cotonete para passar na parte interna da bochecha ou uma picada no dedo, custam centavos e revelam o resultado em poucos minutos.
Líderes globais do combate à AIDS, incluindo Michel Sidibé, diretor executivo da UNAIDS, estão pressionando os países para depender menos de doações. Ele elogia regularmente a África do Sul, que paga 80 por cento das suas próprias despesas. A instituição beneficente Médicos Sem Fronteiras observou que vários países planejam começar a tratar soropositivos com medicamentos mais cedo, incluindo Quênia, Lesoto, Malawi, Uganda, África do Sul e Zâmbia.
"Eles estão dando indicativos de que desejam obter melhorias mais rápido", disse Sharon Ann Lynch, conselheira política da instituição. "Nenhum deles, porém, consegue fazê-lo sem apoio externo, com a exceção, talvez, da África do Sul".

Enviado por: Maria Nunes 49031

Fonte

Estudo usa verme para avaliar efeitos da exploração espacial em humanos

Modelo com 'C. elegans' revela consequência de longas estadias no espaço.Cultura com 4 mil animais da espécie foi monitorada na Estação Espacial.
Cientistas da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, estudaram o verme microscópico Caenorhabditis elegans para tentar entender o efeito de longas viagens espaciais no corpo de animais em geral, incluindo os humanos.
A equipe de cientistas liderada por Nathaniel Szewczyk enviou um grupo de 4 mil vermes a bordo do ônibus espacial Discovery, durante uma missão realizada em 2006 rumo à Estação Espacial Internacional. A nave transportou os animais para dentro do posto orbital (ISS, na sigla em inglês), onde eles ficaram durante seis meses.
Durante metade da estadia, os pesquisadores conseguiram analisar 12 gerações de C. elegans. Estas foram as primeiras observações do comportamento deste animal em órbitas próximas a da Terra - a ISS gira o planeta a aproximadamente 360 quilômetros de altitude.
Quando colocados no espaço, os vermes botaram ovos ao chegarem à fase adulta e conseguiram gerar descendentes da mesma forma que fazem na Terra.
Semelhanças
Para Szewczyk, muitas das mudanças que ocorreram com o organismo dos vermes também foram observadas nos astronautas. Ele acredita que C. elegans consegue se reproduzir e manter por tempo suficiente para aguentar viagens de longas distâncias
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Pelas semelhanças entre o verme com os humanos, os pesquisadores acreditam que o modelo de pesquisa com o C. elegans pode servir para dizer, de maneira barata e eficiente, se os homens conseguiriam aguentar uma viagem longa para um destino distante como outro planeta.
Szewczyk destaca que as funções vitais do C. elegans podem ser monitoradas a distância e espera que um dia seja possível estudar como o animal se desenvolveria em solo diferente do terrestre.
Cobaia perfeita
Esta é a terceira vez que o cientista investiga o comportamento de vermes terrestres quando levados para fora do planeta. Comum em pesquisas científicas, o uso de C. elegans pode ser uma maneira de avaliar riscos em missões tripuladas futuras a locais como Marte, antes que testes com humanos sejam conduzidos.
Foi o primeiro animal a ter todos os seus 20 mil genes sequenciados. Este mapeamento, feito em 1998, permitiu que os cientistas detectassem muitas semelhanças entre os vermes e os humanos. Do total de genes de C. elegans, 2 mil deles são ligados a atividades musculares e até 60% deles possuem versões similares em humanos. O animal, que é transparente, se alimenta de bactérias presentes em vegetais em decomposição.
Após o experimento há 5 anos, a equipe de Szewczyk voltou a levar vermes para a Estação Espacial para testar novamente uma cultura de vermes C. elegans quanto aos efeitos da radiação no espaço e os efeitos de longas estadias em órbitas próximas da Terra.
Essas duas pesquisas fazem o pesquisador acreditar que seja possível enviar vermes a outros planetas e ainda conduzir experimentos com eles.


Enviado por: Gizielen R. Gonçalves - 49048

Técnica 'desvia' sangue para tratar aneurismas no cérebro

Procedimento é indicado para aneurismas com mais de 2,5 cm.
Médico brasileiro explicou a técnica em entrevista ao G1.

Uma técnica cirúrgica usa uma malha pequena de metal para bloquear a entrada e saída de sangue de aneurismas no cérebro e ajuda no tratamento de um problema que traz hemorragias a 30 mil pessoas somente nos Estados Unidos, onde o uso do procedimento já é comum. No Brasil, a técnica chegou somente em setembro de 2011.
O aneurisma nada mais é do que uma bolha em um dos vasos que levam muito sangue ao cérebro.
"Imagine uma estrada com um buraco na pista. O aneurisma é mais ou menos aquilo, o sangue passa pela via e, de vez em quando, fica depositado dentro do buraco", explica o neurocirurgião Ricardo Hanel, da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, que já realizou 50 dessas operações e conversou com o G1 sobre os prós e contra da técnica.
"A grande vantagem está na dispensa da cirurgia aberta para tratar esse problema", argumenta Hanel. "No caso brasileiro, o problema está no preço da operação, que é bem cara. Só aqui nos Estados Unidos são US$ 12 mil pela operação."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/tecnica-desvia-sangue-para-tratar-aneurismas-no-cerebro.html

Enviado por: Gizielen R.Gonçalves - 49048