sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Notícia: Gene P53: o guardião do genoma

A carcinogênese é um processo complexo no qual muitos genes estão envolvidos, principalmente os que regulam o crescimento celular,  estabilidade e reparo do DNA, imunidade e quimio-resistência às drogas.Um grupo de genes envolvidos nesse processo são aqueles conhecidos como genes supressores tumorais, que parecem agir como reguladores da proliferação celular.Como parte desse grupo destaca-se então, o gene p53, cuja mutação ou inativação está implicada no surgimento do câncer por levar ao aumento de uma população celular com maior instabilidade genética.Mutações no gene p53 ocorrem em cerca de 60% nas neoplasias, sendo consideradas as alterações genéticas mais frequentes nos tumores malignos humanos.O gene supressor tumoral p53 está situado no braço curto do cromossomo 17, e tem como produto de transcrição  a proteína 53 (p53), uma proteína nuclear  de 53 kilodaltons (kD), descoberta em 1979.A p53 é uma fosfoproteína composta por 375 aminoácidos, e a sua forma funcionalmente ativa é tetramérica (com quatro subunidades básicas idênticas que se unem constituindo a forma ativa da molécula).
Quando uma célula apresenta um gene mutado do gene p53, a proteína p53 fica com sua função comprometida, uma vez que a maioria dos tetrâmeros da molécula irá apresentar pelo menos uma das subunidades alterada, como por exemplo, a troca de um aminoácido.A forma ativa da p53 tem vida média muito curta (cerca de 6 minutos), devido a sua rápida degradação, tornando-a difícil de detectar.Porém as formas inativas ou mutadas tendem a se acumular no núcleo das células.O termo de guardião do genoma é atribuído a p53 devido a sua função como “policial molecular”, monitorando a integridade do DNA e a proliferação de células com o DNA mutado.No caso de dano de DNA por agentes físicos, como por exemplo, radiação ultravioleta, raios gama ou ainda, por produtos químicos mutagênicos, o gene p53 é ativado, levando à transcrição da proteína p53.O acúmulo da p53 no núcleo da célula inibe o ciclo mitótico no início da fase G1 e ativa a transcrição de genes de reparo do DNA, impedindo assim a propagação do erro genético para as células filhas.Porém se o reparo do DNA não for satisfatório, a p53 dispara o mecanismo de morte celular programada.


Enviado por: Silvana Manske- 49062

Um comentário:

  1. Encontrei algo interessante sobre o gene p53, então compartilho com vocês:
    "Apesar das mutações em p53 serem observadas principalmente em células somáticas,
    as que ocorrem em células germinativas são
    responsáveis pela Síndrome de Li-Fraumeni. Tratase de uma síndrome rara de câncer hereditário, com padrão de herança autossômico dominante, que se caracteriza pela predisposição a tumor cerebral, sarcomas, leucemias e carcinoma adrenocortical em crianças e adultos jovens.
    O p53 mutado pode ser observado em cerca de
    75% das famílias, cujos portadores apresentam
    aumento dos níveis da proteína p53 em tecidos
    normais e neoplásicos."

    Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v24n2/a04v24n2.pdf

    Alessandra Cardoso da Silva - 49039

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