Um estudo atual realizado por pesquisadores do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, está testando uma nova imunoterapia no combate ao câncer de pâncreas. O objetivo é criar uma "vacina" que possa ativar o sistema imunológico de uma pessoa, para atacar o câncer microscópico que pode ser eliminado depois que um tumor é removido, cirurgicamente.
"Quando as pessoas falam sobre o câncer de pâncreas é normalmente com uma perspectiva negativa," disse o pesquisador William Fisher. "Pacientes que passaram por cirurgia têm geralmente uma recorrência da doença. A doença está retornando, porque há células cancerosas microscópicas deixadas para trás que não podemos detectar e remover, completamente", acrescentou Fisher.
A vacina funciona por meio da ativação de uma proteína que treina o sistema imunitário para lançar uma forte rejeição a quaisquer células de câncer pancreático remanescente.
"Os pesquisadores criaram a vacina, a partir de uma célula de câncer pancreático, que foi manipulada para expressar uma proteína que não é encontrada em seres humanos. Essa proteína faz com que o corpo a rejeite", disse Fisher. "É o mesmo princípio, através do qual o corpo rejeita objetos estranhos, tais como os órgãos transplantados, de modo que a vacina faz com que o sistema imunológico combata as células cancerosas."
"Estamos na fase inicial de algo muito interessante na pesquisa do câncer de pâncreas. Nós pretendemos sequenciar o genoma de tumores desse tipo de câncer. Isso vai ser realmente uma abordagem genômica personalizada para tratar a doença", concluiu Fisher.
Fonte:
Enviado por: Vinícius Ramos Puccinell
Nenhum comentário:
Postar um comentário